terça-feira, 19 de março de 2013

Prenda Emocional!?


Remeto as considerações sobre a existência do Dia do Pai para a publicação sobre o Diada Mulher, sendo que na minha opinião, são diferentes. Este segundo remete ao estereótipo antigo, já discutido na dita publicação. O primeiro, existe em paralelo com o Dia da Mãe. Podemos dizer que são “dias” comemorativos criados pelo e para o comércio, mas a comemoração dos dois inibe a criação e manutenção do estereotipo de um deles.

Assim, gostava apenas de reflectir convosco sobre esta imagem, relativa ao Dia do Pai, mas com uma mensagem maior, parece-me.

 
Vivemos todos numa sociedade consumista, onde muitos dos valores que nos são transmitidos socialmente passam pela aquisição e atribuição material, como é o caso da troca de prendas no Natal, as prendas de aniversário e destes dias comemorativos (etc).

O valor do beijo e do abraço perde força quando comparados com uma prenda material? Ou serão estas representações emocionais mais fortes e memoráveis? Penso que a sociedade se arraste e posicione no sentido da memória ligada ao material, e noutros nichos, ligação ao emocional revelado no gesto e/ou na intenção. As duas são encontradas, sendo a segunda mais adaptativo em termos humanos.

É importante que nunca esqueçamos estes momentos emocionais, estes gestos e as suas implicações, que não tenhamos vergonha das ligações emocionais que nos unem a todos e que consigamos promove-las sempre de forma saudável, pois são elas que toldam e moldam a nossa regulação emocional, que, quando não é cuidada, nos transmite informação errónea sobre as nossas necessidades psicológicas, levando à sua não satisfação, e assim, à nossa não óptima adaptação e funcionalidade.

Permitam-se ser emocionais, mas façam-no de forma equilibrada e regulada!

Feliz Dia do Pai!

Tiago A. G. Fonseca

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