Remeto
as considerações sobre a existência do Dia do Pai para a publicação sobre o Diada Mulher, sendo que na minha opinião, são diferentes. Este segundo remete ao
estereótipo antigo, já discutido na dita publicação. O primeiro, existe em
paralelo com o Dia da Mãe. Podemos dizer que são “dias” comemorativos criados
pelo e para o comércio, mas a comemoração dos dois inibe a criação e manutenção
do estereotipo de um deles.
Assim,
gostava apenas de reflectir convosco sobre esta imagem, relativa ao Dia do Pai,
mas com uma mensagem maior, parece-me.
Vivemos
todos numa sociedade consumista, onde muitos dos valores que nos são
transmitidos socialmente passam pela aquisição e atribuição material, como é o
caso da troca de prendas no Natal, as prendas de aniversário e destes dias
comemorativos (etc).
O valor do beijo e do abraço perde
força quando comparados com uma prenda material? Ou serão estas representações
emocionais mais fortes e memoráveis?
Penso que a sociedade se arraste e posicione no sentido da memória ligada ao
material, e noutros nichos, ligação ao emocional revelado no gesto e/ou na
intenção. As duas são encontradas, sendo a segunda mais adaptativo em termos
humanos.
É importante que nunca esqueçamos
estes momentos emocionais, estes gestos e as suas implicações, que não tenhamos
vergonha das ligações emocionais que nos unem a todos e que consigamos promove-las
sempre de forma saudável, pois são elas que toldam e moldam a nossa regulação
emocional, que, quando não é
cuidada, nos transmite informação errónea sobre as nossas necessidades
psicológicas, levando à sua não satisfação, e assim, à nossa não óptima
adaptação e funcionalidade.
Permitam-se ser emocionais, mas
façam-no de forma equilibrada e regulada!
Feliz
Dia do Pai!
Tiago
A. G. Fonseca
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