Os idosos - Hà
inúmeras dificuldades em delimitar este grupo tão vasto e heterogéneo de
adultos. A
atribuição do rótulo 3ª idade e 4ª idade está ainda muito vinculada ao número
de anos de vida. A utilização desta forma de arrumar ou dividir este grupo é
bastante artificial e pouco esclarecedora, pois algumas pessoas chegarão antes
a esta etapa do desenvolvimento enquanto outras chegarão depois e outras mesmo
há que nem chegam a identificar-se com este conceito de idoso.
Os critérios de inclusão numa ou
noutra categoria são sobejamente revistos e quase reinventados em cada grupo
estudado. O trabalho de separar em pequenos grupos este grupo, de forma a ser
mais manejável em investigação, fica dificultado pela sua notória
heterogeneidade e recorre-se
frequentemente ao atributo idade. Esta utilização do número de anos de vida
está enraizado no estudo com crianças e tem várias vantagens reias,
nomeadamente: por ser uma variável facilmente mensurável; que os participantes
partilham sem grande dificuldade; e é medida da mesma forma em toda a gente. No
entanto esta é uma fase do desenvolvimento verdadeiramente delimitada e
facilmente demarcada, não pelo número de anos que já se viveu, mas pelas tarefas
que é necessário empreender, pelas mudanças fisicas e psicológicas ligadas à
adaptação aos novos papéis e funções que se viveu e que se está a viver.
Existem várias teorias do
deselvolvimento que abordam esta ideia de tarefas a realizar na idade adulta e
na velhice, mas que pensam os leitores deste blog? O que será(ão) a(s)
tarefa(s) desenvolvimental(is) que um idoso tem por realizar? E aquele
provérbio “burro velho não aprende línguas”? Será que ainda fica alguma coisa
por fazer quando se chega à reta final da vida? Estará a velhice condenada a
ser uma mera repetição de rituais, rotinas e hábitos há muito enraizados e sem
hipótese de mudança?
Ana Carla Nunes
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