sexta-feira, 21 de junho de 2013

[Envelhecer]: As Categorias Etárias


Os idosos - Hà inúmeras dificuldades em delimitar este grupo tão vasto e heterogéneo de adultos. A atribuição do rótulo 3ª idade e 4ª idade está ainda muito vinculada ao número de anos de vida. A utilização desta forma de arrumar ou dividir este grupo é bastante artificial e pouco esclarecedora, pois algumas pessoas chegarão antes a esta etapa do desenvolvimento enquanto outras chegarão depois e outras mesmo há que nem chegam a identificar-se com este conceito de idoso.
Os critérios de inclusão numa ou noutra categoria são sobejamente revistos e quase reinventados em cada grupo estudado. O trabalho de separar em pequenos grupos este grupo, de forma a ser mais manejável em investigação, fica dificultado pela sua notória heterogeneidade e  recorre-se frequentemente ao atributo idade. Esta utilização do número de anos de vida está enraizado no estudo com crianças e tem várias vantagens reias, nomeadamente: por ser uma variável facilmente mensurável; que os participantes partilham sem grande dificuldade; e é medida da mesma forma em toda a gente. No entanto esta é uma fase do desenvolvimento verdadeiramente delimitada e facilmente demarcada, não pelo número de anos que já se viveu, mas pelas tarefas que é necessário empreender, pelas mudanças fisicas e psicológicas ligadas à adaptação aos novos papéis e funções que se viveu e que se está a viver.
Existem várias teorias do deselvolvimento que abordam esta ideia de tarefas a realizar na idade adulta e na velhice, mas que pensam os leitores deste blog? O que será(ão) a(s) tarefa(s) desenvolvimental(is) que um idoso tem por realizar? E aquele provérbio “burro velho não aprende línguas”? Será que ainda fica alguma coisa por fazer quando se chega à reta final da vida? Estará a velhice condenada a ser uma mera repetição de rituais, rotinas e hábitos há muito enraizados e sem hipótese de mudança?

            Ana Carla Nunes

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