A rubrica baseia-se em reflexões
acerca da resistência à mudança evidenciada por todos nós, que tende a
desenvolver-se à medida que amadurecemos cognitivamente. Tem inspiração em
algumas ideias provenientes da Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia
Cognitiva, pretendendo realçar o potencial de crescimento do qual dispomos.
É dirigido à maximização das
competências individuais, visando a promoção do desenvolvimento humano e
social, visto vivermos num sistema em constante interacção. Ao longo das reflexões passa-se
pelo percurso desenvolvimentista humano e pela forma como a maturação se mostra
muitas vezes uma antítese do seu propósito: a solidificação da capacidade de
investir em hipóteses virtuais, de uma forma deliberada, antecipada e
estratégica.
Neste sentido, ao depararmo-nos
com este paradoxo cognitivo, que se liga ao não aproveitamento de todas as
competências que temos ao nosso dispor na idade madura e assim colocando em
causa o que é per si o sentido do desenvolvimento, podemos colocar a
questão: de que forma poderemos transformar esta tendência humana para permanecer
no espaço seguro, não fazendo jus ao que nos torna únicos no nosso Ecossistema?
Não é pretendido falar
apenas em mudança, mas sim mencioná-la como uma forma de interagir com os
outros, de alcançarmos metas tendo em vista um bem individual mas também
social. Nenhum homem é uma ilha e desta forma cabe-nos a nós objectivar,
delinear e executar as pontes que nos interligam.
Também serão
partilhadas reflexões que se baseiam na arte como ponto de mudança, de
desenvolvimento individual e social. Sobretudo, arte como motor de
criatividade, exploração de alternativas e desenvolvimento dos processos
cognitivos individuais e do processo social que nos envolve.
Estas rubricas
misturam-se nos seus sentidos: a mudança permite o caminho para a arte, para o
que de novo podemos desenvolver, com o que de nós podemos sempre ser. Arte permite
mudança, por acordarmos em novos rumos.
Ana Rita Caldeira da Silva
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