Estamos num período de mudança, o
Processo de Bolonha tem como objectivo a constituição do Espaço Europeu de
Ensino Superior, permitindo a mobilidade dos estudantes entre instituições e
países, o reconhecimento das suas competências, o aumento da empregabilidade e
a valorização da educação ao longo da vida.
Neste contexto, o Processo de
Orientação em Portugal torna-se cada vez mais importante, numa 1ª fase, no
final do 9º ano para a escolha da área no secundário, e posteriormente no 12º
ano para a opção do curso no Ensino Superior.
Não querendo dar nenhuma aula de
história ou assustar os leitores, mas tenho de fazer uma pequena referência
sobre a evolução do conceito de orientação. Já na antiga Grécia, aquando da
descrição da sociedade ateniense Platão utilizou o termo para referir a
existência da divisão de funções e trabalho entre diferentes indivíduos e
classes. Mais tarde, Montaigne, pensador francês (século XVI) no seu “Essais”
mostra a sua preocupação pela dificuldade em conhecer as inclinações naturais
dos meninos e o risco de os orientar incorrectamente na eleição da sua
profissão. No entanto, o grande marco dá-se no início do século XX, nos EUA,
quando Frank Parsons cria em Bóston o chamado Vocational Bureau, em que
pretendia ajudar jovens desfavorecidos e emigrantes na procura de emprego. O
seu objectivo era consciencializar o indivíduo para as suas aptidões e
encontrar o trabalho mais adequado.
É a partir deste momento, que se dá
o início da orientação vocacional das pessoas, este movimento alastrou-se pela
europa e levou o conceito a evoluir passando por várias fases: vocational
guidance, career guidance e career education.
Em Portugal…
João Baptista
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