Inerente
à nossa condição Humana, o nosso relógio biológico não funciona apenas para nos
dizer quando devemos ir dormir – porque temos sono – ou quando devemos acordar
– por estarem as células a fazer o mesmo (fica prometido uma publicação sobre
isto para breve). Este relógio funciona também para que o Homem seja um animal
de hábitos, nos pensamentos e nos seus comportamentos, adoptando padrões de
acção ao longo do tempo.
Posta
esta introdução - chegámos à época do ano onde colocamos em causa quem somos, o
que fizemos, o que dissemos, o que pensámos, onde estamos, de onde vimos e para
onde queremos ir.
É
uma reflexão quase que obrigatória. Deveríamos realizá-la todos os dias do ano.
Mas escolhemos marcos do calendário para a fazer. E o que deveríamos pensar
aqui? No dia de aniversário, é “um ano mais velho… e agora?”. No Natal, é “será
que os outros me vêem como eu quero ser?”. E no Ano Novo, é “mais um ano que
passa… o que faço agora?”. Pois bem, medem-se expectativas, trabalham-se
prioridades, melhoram-se práticas e planeiam-se objectivos.
Mas
não será esta uma reflexão que se deve ter diariamente?
Não
seremos melhores pessoas e melhores seres humanos se pensarmos nisto diariamente?
Chegar
ao fim do ano e pensar no que fiz durante o ano, parece-me redutor. Lembra-me
até a história que se conta da avaliação do Pai Natal sobre quem se portou bem
ou mal.
Não será mais importante chegar ao fim de cada dia e dormir descansado
por sermos coerentes connosco próprios?
Se
podia fazer diferente? Claro que sim. Mas se fizesse diferente, continuava a
ser eu? Tenho dúvidas.
Até
porque, no fundo, o dia 31 de Dezembro e o 1 de Janeiro, são apenas dois dias
do ano.
Tiago
A. G. Fonseca
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