segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

[Psicologia e Política]: Moldar a Sociedade


            Vivemos numa sociedade pouco ligada à política. Não quero aqui desdenhar se a galinha nasceu primeiro, ou se foi o ovo, se as pessoas se desligaram da política ou se os políticos se desligaram das suas pessoas – no entanto, esta última parece-me claramente a mais correcta. O que é certo é que todos os dias, os actos políticos moldam a forma como a sociedade se constrói, evolui, e sobretudo, se vê enquanto sociedade e comunidade.
            Tentarei, numa introspecção teórica sobre a nossa – a do Homem - evolução enquanto sociedade, colocar questões sobre a direcção dessa mesma evolução.
            As decisões que são tomadas, não só a nível concelhio, nacional, europeu e mundial, têm um impacto directo na vida de cada ser humano. Cada limitação da existência humana, ou falta dela, trará, quando a longo prazo, consequências no pensamento e consequente modo de agir das pessoas que deste espaço partilham.
            Uma sociedade adquire a cultura que escolhe, de forma mais ou menos directa, para evoluir. É por isso que os chamados direitos fundamentais são diferentes em cada país, e no geral, cada país vive décadas de paz com eles. No entanto, é de salientar as alterações que vão existindo. Estas, podemos atribuí-las a um sentido de evolução, seja em que direcção for, permitindo a que determinadas sociedades possam acompanhar a cultura de outra.
Em Portugal, recentemente, uma mais do que outra, existiram duas alterações a esses ditos direitos fundamentais do ser humano, que toldam a visão da vida e da existência na sociedade, que altera definições e molda a evolução. Mas destas duas questões em particular, falaremos em próximas publicações sobre este tema.
            Quero concluir chamando a atenção que, em termos psicológicos, o impacto da existência de regras ou ausência delas, são na mesma limitações ao pensamento e à acção, ou sejam, são linhas directrizes do que podemos, devemos e saberemos realizar.

            Tiago A. G. Fonseca

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