Vivemos numa sociedade pouco ligada
à política. Não quero aqui desdenhar se a galinha nasceu primeiro, ou se foi o
ovo, se as pessoas se desligaram da política ou se os políticos se desligaram
das suas pessoas – no entanto, esta última parece-me claramente a mais
correcta. O que é certo é que todos os
dias, os actos políticos moldam a forma como a sociedade se constrói, evolui, e
sobretudo, se vê enquanto sociedade e comunidade.
Tentarei, numa introspecção teórica
sobre a nossa – a do Homem - evolução enquanto sociedade, colocar questões
sobre a direcção dessa mesma evolução.
As decisões que são tomadas, não só
a nível concelhio, nacional, europeu e mundial, têm um impacto directo na vida
de cada ser humano. Cada limitação da existência humana, ou falta dela, trará,
quando a longo prazo, consequências no pensamento e consequente modo de agir
das pessoas que deste espaço partilham.
Uma sociedade adquire a cultura que
escolhe, de forma mais ou menos directa, para evoluir. É por isso que os
chamados direitos fundamentais são diferentes em cada país, e no geral, cada
país vive décadas de paz com eles. No entanto, é de salientar as alterações que
vão existindo. Estas, podemos atribuí-las a um sentido de evolução, seja em que
direcção for, permitindo a que determinadas sociedades possam acompanhar a
cultura de outra.
Em
Portugal, recentemente, uma mais do que outra, existiram duas alterações a
esses ditos direitos fundamentais do ser humano, que toldam a visão da vida e
da existência na sociedade, que altera definições e molda a evolução. Mas destas
duas questões em particular, falaremos em próximas publicações sobre este tema.
Quero concluir chamando a atenção
que, em termos psicológicos, o impacto
da existência de regras ou ausência delas, são na mesma limitações ao
pensamento e à acção, ou sejam, são
linhas directrizes do que podemos, devemos e saberemos realizar.
Tiago A. G. Fonseca
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