Dando
continuidade ao tema do “Moldar a
Sociedade”, trago-vos um site curioso.
Em
1910, o pintor francês Villemard criou vários retractos que reflectem a ideia
do autor e da sociedade da época sobre como seria o mundo no ano de 2000. Estão
presentes na Biblioteca Nacional da França.
Aqui
fica o site.
Olhando
a estes retractos, temos mais um (vários) exemplo de como a sociedade evolui no
sentido de confirmar o que necessita, o que lhe é coerente, o que tende a achar
que precisa, no seu imaginar de dificuldades que tendem a ser solucionadas de
forma mais pomposa possível, de modo a obter o que lhes parece ser a ideia de
uma convivência em comunidade sem atritos ou barreiras. No entanto, podemos
confirmar que vários destes retractos assentam na imaginação, não tendo sido
confirmados, pelo menos, daquela forma, enquanto outros foram mais do que
confirmados, tendo o ser humano conseguido alcançar o objectivo.
A
retirar daqui o facto da perspectiva de evolução da sociedade ser uma
constante. Nunca uma comunidade está contente com o que tem. Não sei até que
ponto seria bom não imaginar mais além do que se tem, querer mais e ambicionar
mais. Mas claramente não é bom quando as consequências dessa evolução tornam a
sociedade tão diferente face à sua base de começo, tirando significado às
alterações alcançadas.
A evolução deve sempre representar
a sociedade, e não um grupo de pessoas que querem levar a evolução para
determinado ramo. Nenhuma das
questões retratadas mostra alterações do fundo de pensamento da sociedade, mas
alteram a sua forma de funcionar com o mundo. É necessário pensar-se na evolução, antes de tender a caminhar, sem se
saber se se está a avançar.
Tiago
A. G. Fonseca
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