terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

[Criminal-Forense]: Criminosos e Inteligência

Criminosos: Inteligentes… Ou burros?

O senso comum poderá facultar-nos as duas alternativas por diversas razões. No entanto, um grande número de estudos de investigação afirma que os delinquentes em geral possuem um nível médio de inteligência mais baixo que os não delinquentes, como também os ofensores persistentes possuem um nível médio de inteligência mais baixo do que os não persistentes.
Porque é que isto se sucede? Um nível baixo de inteligência poderá levar a um pobre sucesso escolar, inibindo a formação de laços pró-sociais a instituições convencionais que podem prevenir a delinquência. Se o desempenho escolar afectar a história laboral, poderá também dificultar o alcance de objetivos por meios legais, sendo que os indivíduos com capacidades cognitivas mais elevadas têm maior probabilidade de desistir de atividades ilegais devido a esta maior competência em explorar alternativas legítimas ao crime.
Pode-se salientar ainda que as crianças com baixo nível de inteligência podem ser menos capazes de construir inibições internas contra o cometimento de ofensas, criando assim uma maior tendência anti-social.
Relativamente aos delinquentes com um nível mais elevado de inteligência, estes envolvem-se em crimes que requerem um maior planeamento e que oferecem maior gratificação e deferimento.
Pode-se assim considerar o nível de inteligência como um fator de risco para o comportamento criminal, associando-se à motivação do indivíduo e consequentemente ao tipo de crime que irá cometer.

Ana Lopes

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