Criminosos: Inteligentes… Ou burros?
O senso comum poderá
facultar-nos as duas alternativas por diversas razões. No entanto, um grande
número de estudos de investigação afirma que os delinquentes em geral possuem um nível médio
de inteligência mais baixo que os não delinquentes, como também os ofensores
persistentes possuem um nível médio de inteligência mais baixo do que os não
persistentes.
Porque é que isto
se sucede? Um nível baixo de inteligência poderá levar a um pobre sucesso
escolar, inibindo a formação de laços pró-sociais a instituições convencionais
que podem prevenir a delinquência. Se o desempenho escolar afectar a história
laboral, poderá também dificultar o alcance de objetivos por meios legais,
sendo que os indivíduos com capacidades cognitivas mais
elevadas têm maior probabilidade de desistir de atividades ilegais devido a
esta maior competência em explorar alternativas legítimas ao crime.
Pode-se
salientar ainda que as crianças com baixo nível de inteligência podem ser menos
capazes de construir inibições internas contra o cometimento de ofensas,
criando assim uma maior tendência anti-social.
Relativamente aos
delinquentes com um nível mais elevado de inteligência, estes envolvem-se em
crimes que requerem um maior planeamento e que oferecem maior gratificação e
deferimento.
Pode-se assim considerar o
nível de inteligência como um fator de risco para o comportamento criminal,
associando-se à motivação do indivíduo e consequentemente ao tipo de crime que
irá cometer.
Ana Lopes
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