domingo, 13 de janeiro de 2013

Da Psicologia: O Que São Afinal as Atitudes?


            Muito se têm falado de atitudes. As nossas, as dos outros, mas sobretudo a sua influência no dia-a-dia. Mas o que são afinal Atitudes?
Para o senso comum, encontrei que Atitudes são “os nossos comportamentos” e “o que fazemos em relação a algo”.
As Atitudes são assim vistas como comportamentos. A forma como nos comportamos e agimos perante uma situação. Mas não.

Afinal, o que são Atitudes? Segundo Gleitman, Fridlund e Reisberg (2007), Atitudes são uma “disposição relativamente estável, avaliativa, que faz uma pessoa pensar, sentir ou comportar-se, positiva ou negativamente em relação a determinada pessoa, grupo ou problema social” (pp. 1225).

Percebendo a definição, podemos dizer que Atitudes são a vertente psicológica de um Comportamento. São as nossas percepções, expectativas e conhecimentos, que juntos influenciam a nossa avaliação de algo ou alguém. Esta avaliação conduz a um comportamento ou a pensamentos e sentimentos. Pelos pensamentos e sentimentos, podemos concretizar comportamentos, e pelos comportamentos podemos deduzir atitudes.
Para dar um exemplo, falemos de estereótipos. Estes aspectos podem aqui ser distinguidos. Uma atitude agressiva para com um indivíduo de outra raça será um comportamento, que poderá ter base em sentimentos de inferioridade e pensamentos de perigosidade, todos assentes numa atitude estereotipada e pré concebida, que envolve as expectativas, percepções e conhecimentos passados do sujeito.
Quando se diz “não interessam palavras, interessam atitudes” (exemplo também dado quando recolhi o que eram Atitudes), o sentido que se quer fazer transmitir é o inverso. As palavras provêm de atitudes. Há que construir boas atitudes para que as palavras sejam as pretendidas. Atitudes não-adaptativas levarão a consequências não-adaptativas, enquanto atitudes adaptativas levarão a consequências adaptativas. Estas consequências são os seus resultados, ou seja, sentimentos, pensamentos e comportamentos.

Tiago A. G. Fonseca

 
Gleitman, H., Fridlund, A. J., & Reisberg, D. (2007). Psicologia (7ª ed). Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.

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