Muito se têm falado de atitudes. As
nossas, as dos outros, mas sobretudo a sua influência no dia-a-dia. Mas o que são afinal Atitudes?
Para
o senso comum, encontrei que Atitudes são “os
nossos comportamentos” e “o que
fazemos em relação a algo”.
As
Atitudes são assim vistas como comportamentos. A forma como nos comportamos e
agimos perante uma situação. Mas não.
Afinal, o que são Atitudes? Segundo Gleitman, Fridlund e Reisberg (2007), Atitudes
são uma “disposição relativamente
estável, avaliativa, que faz uma pessoa pensar, sentir ou comportar-se,
positiva ou negativamente em relação a determinada pessoa, grupo ou problema
social” (pp. 1225).
Percebendo
a definição, podemos dizer que Atitudes
são a vertente psicológica de um Comportamento. São as nossas percepções,
expectativas e conhecimentos, que juntos influenciam a nossa avaliação de algo
ou alguém. Esta avaliação conduz a um comportamento ou a pensamentos e
sentimentos. Pelos pensamentos e sentimentos, podemos concretizar
comportamentos, e pelos comportamentos podemos deduzir atitudes.
Para
dar um exemplo, falemos de estereótipos. Estes aspectos podem aqui ser
distinguidos. Uma atitude agressiva para
com um indivíduo de outra raça será um comportamento, que poderá ter base em
sentimentos de inferioridade e pensamentos de perigosidade, todos assentes numa
atitude estereotipada e pré concebida, que envolve as expectativas, percepções
e conhecimentos passados do sujeito.
Quando
se diz “não interessam palavras,
interessam atitudes” (exemplo também dado quando recolhi o que eram
Atitudes), o sentido que se quer fazer transmitir é o inverso. As palavras provêm de atitudes. Há que
construir boas atitudes para que as palavras sejam as pretendidas. Atitudes
não-adaptativas levarão a consequências não-adaptativas, enquanto atitudes adaptativas levarão a
consequências adaptativas. Estas consequências são os seus resultados, ou
seja, sentimentos, pensamentos e comportamentos.
Tiago
A. G. Fonseca
Gleitman,
H., Fridlund, A. J., & Reisberg, D. (2007). Psicologia (7ª ed). Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.
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