A
OPP lançou uma notícia no seu sítio sobre o Stress nas Empresas, onde Samuel
Antunes, Vice-Presidente da OPP, comenta o problema no programa "Marca
Pessoal" da TVI24.
Esta
publicação é feita em parceria, com um comentário meu, com foco na Psicologia
Organizacional, e outro do autor Tiago A. G. Fonseca, com foco na Psicologia
Clínica.
Do
ponto de vista organizacional, o stress nas empresas é sem dúvida um
fenómeno com tendência para se acentuar, nomeadamente na sequência da crise
económica actual. O facto de 79% dos Gestores Europeus estarem preocupados
com o stress no trabalho é um dado
interessante, porém, não acredito que seja através de certificações que vamos
encontrar a chave que abre a porta das organizações à psicologia clínica. Deste modo, é necessário investir não só na
divulgação, mas acima de tudo na afirmação sustentada dos benefícios que o
psicólogo clínico poderá aportar a uma organização. É necessário trabalhar
no sentido de conseguirmos apresentar resultados que demonstrem de forma
inequívoca que se trata de um investimento com retorno para a organização.
Deste modo, se conseguirmos identificar indicadores de resultados, como por
exemplo, absentismo ou a satisfação dos colaboradores, e demonstrarmos a
incidência da acção do psicólogo sobre as mesmas, conseguiremos ganhar espaço
neste novo nicho de mercado, através das nossas valências. Para tal será ainda necessário
romper com os conceitos tradicionais das consultas psicológicas e estarmos
disponíveis para encarar novos desafios e conquistar novos territórios.
Para
o Tiago, “este é um problema onde é clara
a necessária intervenção dos Psicólogos. 85% dos gestores mostram estar
preocupados, o que indica a importância que dão a esta questão, o que se torna
importante para a identificação e intervenção no problema. De qualquer forma, apenas
15% afirma ter formas de intervir neste problema. E é aqui que, como diz Samuel
Antunes, a OPP pode ter uma palavra, apoiando as organizações e incentivando à
rápida adesão aos serviços de intervenção psicológica. Para isto, têm os
próprios psicólogos clínicos ser receptivos a esta intervenção.
De forma muito rápida, 50 a 60% do
absentismo nas empresas é causado pelo stress, segundo Samuel Antunes. É grave do ponto de vista pessoal, social e
económico. A acrescentar a isto, a
empresa é apenas um dos factores de stress diário a que um indivíduo está
sujeito, e assim sendo, o stress deve
ser encarado como um factor comum na acção humana, com causas e consequências
diferentes em todos os indivíduos, mas que deve sofrer intervenção de
destaque nos seus diversos contextos.
É
um exemplo claro da necessária intervenção Organizacional e Clínica, e um exemplo
claro de urgência na intervenção no problema, tendo em conta que estamos a
falar de organizações e seus trabalhadores, base da produtividade nacional.”
Inês
Lemos
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