A imagem que vos trago hoje brinca
com o proverbio português – “Para bom entendedor, meia palavra basta” –
referindo-se ao Paranóico como alguém a quem lhe basta meia informação também.
Nesta onda de humor é possível
retirar uma verdade: com meia informação, o paranóico cria a sua realidade. Por
outro lado, o Neurótico tem dificuldade em criar essa realidade, mesmo que tenho
toda a informação necessária e ainda mais um bocado.
Agora vamos à parte curiosa desta
questão.
Pensem quantas vezes criamos a
história através de parte da informação total. Ou quantas vezes não acreditamos
em algo quando sabemos mais do que o total. Significa que somos neuróticos? Ou
paranóicos? Poderá, efectivamente, significar. Mas não será o caso.
Todos temos traços de Paranóia e/ou
de Neuroticismo. Diria até que todos temos traços de tudo. Todos agimos, em
certo momento da nossa vida, de acordo com os traços que temos, manifestando o
que a bíblia das psicopatologias – DSM – chamaria de Psicopatologia de forma efectiva,
visto que todos ou a maioria dos sintomas estão lá.
Mas a verdade é que não somos
Paranóicos ou Neuróticos por manifestarmos, por vezes, os seus sintomas. É normal, em certos momentos e
situações, manifestarmos maior paranóia, maior neuroticismo, maior tristeza ou
maior furor, sem ser paranóico ou neurótico, sem estar em depressão ou ser maníaco.
Nós somos compostos por traços. Não
por totais psicopatológicos.
Tiago A. G. Fonseca
1 comentário:
Muito bom :D
continuem assim!
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