segunda-feira, 15 de outubro de 2012

[Psicologia e Política]: Modelos Gerais? Não, Obrigado!


Numa notícia avançada pela imprensa no dia 10 de Outubro de 2012, pode ler-se que o “FMI reconhece que calculou mal o impacto da austeridade na economia”.

Esta notícia é um espelho do que se faz em termos europeus no que diz respeito a modelos de intervenção económica, onde se espera que o Governo de cada país faça a sua adaptação. PsicoTraduzindo:

Os modelos Cognitivo-Comportamentais são tidos, pela maioria dos psicólogos e investigadores em geral, como a forma de intervenção com melhores resultados, numa mais vasta linha de psicopatologias, perturbações e síndromas.

Mesmo assim, a este tipo de intervenção é apontado uma limitação: o uso de modelos estanques. Isto significa que existe um modelo para cada psicopatologia, e o mesmo se usa na presença da mesma no paciente. Mas não se está a ter em conta uma série incalculável de variáveis do paciente, como a sua história de vida, a história da queixa, as suas necessidades e a regulação destas, etc etc, ou seja, o que faz do paciente o que ele é.

Tendo isto em conta, a psicoterapia evoluiu no sentido Integrativo, onde os modelos não existem, e o psicoterapeuta deve criar, para cada paciente, um modelo próprio, tendo em conta todas as características deste e da intervenção em causa. Só assim podemos realizar uma intervenção adequado ao caso, tão específico de cada um.

Aqui, tal como no processo de intervenção europeu, o modelo a ter em conta não pode ser geral, mas sim adaptado, tendo em conta as características de quem é intervencionado, as suas condições e idiossincrasias.

Só assim, o resultado será positivo, agora e a longo prazo.

Tiago A. G. Fonseca

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