domingo, 6 de abril de 2014

Jogar com o que Temos


Bandura falou a certa altura dos ganhos a longo prazo. É algo que faz parte da percepção de auto-eficácia. Se eu perceber que determinada forma de me garante mais ganhos, é essa a forma que terei de adoptar para a minha melhor adaptação. Neste sentido, poderei ter de abdicar de alguns ganhos agora, para que os de futuro, sejam maiores.
E é neste jogo que nos deparamos todos os dias. Como que num jogo de controlo, balançando o que queremos fazer com o que queremos obter. Jogando com as cartas que temos que nem sempre são suficientes para perceber a escolha a realizar e o caminho a tomar. Então fazemos o quê?
Bandura diria que faríamos aquilo para o qual somos melhor, associando a nossa percepção de auto-eficácia às nossas competências e comportamentos directos, desejando que o caminho escolhido fosse, assim, o que nos traria mais ganhos.
Mas como ter a certeza? Não se tem. Nem sei, contudo, se é suposto que se tenha.
Como não nos tornarmos reféns do que queremos agora? Fácil. Percebendo o que queremos no futuro e equilibrando a nossa necessidade de controlo com o que podemos ganhar.
Nem sempre é certo, mas é o caminho mais adaptativo.

Tiago A. G. Fonseca

Sem comentários: