Bandura
falou a certa altura dos ganhos a longo prazo. É algo que faz parte da
percepção de auto-eficácia. Se eu perceber que determinada forma de me garante
mais ganhos, é essa a forma que terei de adoptar para a minha melhor adaptação.
Neste sentido, poderei ter de abdicar de alguns ganhos agora, para que os de
futuro, sejam maiores.
E
é neste jogo que nos deparamos todos os dias. Como que num jogo de controlo,
balançando o que queremos fazer com o que queremos obter. Jogando com as cartas
que temos que nem sempre são suficientes para perceber a escolha a realizar e o
caminho a tomar. Então fazemos o quê?
Bandura
diria que faríamos aquilo para o qual somos melhor, associando a nossa
percepção de auto-eficácia às nossas competências e comportamentos directos,
desejando que o caminho escolhido fosse, assim, o que nos traria mais ganhos.
Mas
como ter a certeza? Não se tem. Nem sei, contudo, se é suposto que se tenha.
Como
não nos tornarmos reféns do que queremos agora? Fácil. Percebendo o que
queremos no futuro e equilibrando a nossa necessidade de controlo com o que
podemos ganhar.
Nem
sempre é certo, mas é o caminho mais adaptativo.
Tiago
A. G. Fonseca
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