Em
termos sociais, os rótulos são as etiquetas usadas para definir alguém ou um
grupo, algo ou um conjunto. Porque ocorre? Por associação directa à sua
utilização anterior.
Assim,
cada vez que um rótulo é utilizado, o sentimento, pensamento e comportamento
associado ao que é rotulado, ocorre de forma mais célere, sendo mais fácil,
para quem rotula, agir.
O
que significa isto?
Um
rótulo é um estereótipo. Uma ferramenta cognitiva que diminui as ligações
psicológicas para sentir, pensar e agir, permitindo uma actuação com menos
custos. No entanto, este funcionamento, assente em esquemas, pode ser funcional
ou não funcional.
Quando
este esquema assenta em preconceitos, a reação gerada pelo funcionamento
esquemático daquela derivação nem sempre é a mais benéfica para a conclusão
desejada à nossa interpretação. A situação em causa é interpretada de forma
enviesada, e como o sentir, pensar e agir é célere e com baixos custos e
recursos cognitivos, não é discutido e debatido psicologicamente o esquema a utilizar.
É, assim, utilizado o esquema mais acessível, o do estereótipo em causa, e a
acção é directa, sem passar por um filtro de controlo.
Se
na maioria das vezes os estereótipos e esquemas são ferramentas essenciais da
acção Humana, noutras vezes são situações de conclusão errónea para o ser
Humano e, por isso, não adaptativas.
Mas
não se enganem. É preciso querer que a adaptação ocorra. Se o erro for de bom
grado para o próprio, por muito que seja perceptível a incorrecção do
sentimento, pensamento ou comportamento, ele será mantido.
Mudar
custa, mas faz bem.
Tiago
A. G. Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário