segunda-feira, 10 de março de 2014

Da Psicologia: Rótulos, Estereótipos e Esquemas


Em termos sociais, os rótulos são as etiquetas usadas para definir alguém ou um grupo, algo ou um conjunto. Porque ocorre? Por associação directa à sua utilização anterior.
Assim, cada vez que um rótulo é utilizado, o sentimento, pensamento e comportamento associado ao que é rotulado, ocorre de forma mais célere, sendo mais fácil, para quem rotula, agir.

O que significa isto?

Um rótulo é um estereótipo. Uma ferramenta cognitiva que diminui as ligações psicológicas para sentir, pensar e agir, permitindo uma actuação com menos custos. No entanto, este funcionamento, assente em esquemas, pode ser funcional ou não funcional.
Quando este esquema assenta em preconceitos, a reação gerada pelo funcionamento esquemático daquela derivação nem sempre é a mais benéfica para a conclusão desejada à nossa interpretação. A situação em causa é interpretada de forma enviesada, e como o sentir, pensar e agir é célere e com baixos custos e recursos cognitivos, não é discutido e debatido psicologicamente o esquema a utilizar. É, assim, utilizado o esquema mais acessível, o do estereótipo em causa, e a acção é directa, sem passar por um filtro de controlo.
Se na maioria das vezes os estereótipos e esquemas são ferramentas essenciais da acção Humana, noutras vezes são situações de conclusão errónea para o ser Humano e, por isso, não adaptativas.
Mas não se enganem. É preciso querer que a adaptação ocorra. Se o erro for de bom grado para o próprio, por muito que seja perceptível a incorrecção do sentimento, pensamento ou comportamento, ele será mantido.
Mudar custa, mas faz bem.

Tiago A. G. Fonseca

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