Tendência de Crescimento Mantém-se desde 2006 - 729 Cursos Ficaram sem Vagas
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O número de estudantes colocados no Ensino Superior público na primeira fase do concurso nacional voltou a subir, de acordo com os dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Este ano foram admitidos 45 277 novos alunos nas universidades e politécnicos do Estado, mais 941 do que em 2008, mantendo-se, assim, uma tendência de crescimento contínua desde 2006 – nesse ano entraram 34 860 alunos.
Na primeira fase foram já colocados 86 por cento dos 52 539 candidatos, ficando sem colocação 7262. Estes poderão agora concorrer à 2ª fase do concurso de acesso, entre segunda e sexta-feira. Estão disponíveis 6102 vagas.
Os institutos politécnicos absorveram 43 por cento das colocações. E relevante é também o facto de 54 por cento dos candidatos ter entrado no curso escolhido como primeira opção, enquanto 19 por cento acedeu à segunda opção e 12 por cento à terceira. Ou seja, 85 por cento dos candidatos ficaram colocados numa das três primeiras escolhas.
Dos 1099 cursos disponíveis, 729 preencheram todas as vagas na primeira fase. É o caso dos nove cursos de Medicina, cujos 1490 lugares (mais um do que o ano passado) foram todos ocupados. Também em Direito foram preenchidas as 1230 vagas à disposição em seis cursos. Em Arquitectura sobraram apenas dez dos 615 lugares postos a concurso.
A média de entrada mais alta foi registada, tal como em 2008, no curso de Medicina da Universidade do Porto, onde o último colocado teve 18,37 valores, um pouco menos do que os 18,52 do ano passado. Aliás, as médias em Medicina desceram todas ligeiramente, talvez devido ao decréscimo das médias nos exames nacionais de Matemática. Ainda assim, o último colocado precisou de ter 17,82 para entrar no ciclo básico de Medicina da Universidade dos Açores.
Houve seis cursos em que bastou a nota mínima de entrada de 9,5 para conseguir colocação, sendo cinco deles em institutos politécnicos.
A Universidade do Porto destaca-se por ter os três cursos com médias mais altas e também pelo facto de ter preenchido a totalidade das suas vagas na primeira fase, tal como sucedera no ano passado.
No extremo oposto, houve nove cursos em que não houve qualquer colocação de novos alunos, seis dos quais nas áreas das engenharias em regime pós-laboral ou nocturno. E há 244 cursos com menos de 20 colocados, podendo perder o financiamento do Estado caso não os preencham na 2ª fase. O curso de Direito na Universidade de Lisboa continua a ser o que regista maior número de entradas, indiferente aos apelos do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que tem defendido uma redução. Este ano são 450 os novos alunos no curso de Direito em Lisboa.
Bernardo Esteves com C.S./Edgar Nascimento
12 de Setembro de 2009, Correio da Manhã
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